O Museu de l’Armée, também conhecido como Hôtel des Invalides, foi construído em 1670 por ordem de Louis XIV, o Rei Sol, para abrigar os soldados que se tornavam inválidos após lutar em guerras francesas. Durante um século, a construção serviu a seu propósito, chegando a abrigar mais de 4 mil feridos ao mesmo tempo.
Atualmente, o Hôtel des Invalides ainda serve de asilo para veteranos de guerra e abriga cerca de 100 pessoas. Sua fama, no entanto, se deve aos museus que hoje existem no local.
O Musée de l’Armée, ou Museu do Exército, aberto em 1905, possui um grande acervo de objetos relacionados a guerras: armaduras, uniformes bastante ornamentados, canhões, espadas, espingardas e outros objetos e obras de arte que contam a história de diferentes batalhas francesas e de outros lugares do mundo, compreendendo inclusive as duas grandes guerras mundiais.
Em 1789, o Hôtel des Invalides já possuía um grande acervo de armas e fez parte de um momento histórico de grande importância para a França: em julho deste ano, o palácio foi invadido e milhares de armas foram roubadas e usadas pelos revolucionários para tomar a Bastilha durante a Revolução Francesa.
A suntuosa edificação abriga ainda o Museu dos Mapas, o monumento a Charles de Gaulle, o Museu da Ordem da Liberação e a catedral de Saint-Louis-des-Invalides, que possui um enorme domo dourado e ornamentado, sob o qual se encontra nada menos do que o túmulo do imperador Napoleão Bonaparte.
Para os fãs de Napoleão, além de seu túmulo, que foi projetado de forma que os visitantes tenham que se curvar para vê-lo, o Hôtel des Invalides exibe também roupas e objetos pessoais do imperador, além de seu famoso cavalo branco empalhado.
À frente da enorme construção que abriga os museus e o asilo, há uma esplanada de onde se pode ver a bela fachada e a cúpula dourada da catedral. A esplanada leva até a margem do rio Sena, onde é possível admirar, bem em frente ao museu, a Ponte Alexandre III, decorada com ornamentos dourados.
O Museu do Exército fica no 7º arrondissement (a forma como Paris é dividida), onde também se encontram muitos outros cartões postais de Paris, como o museu Rodin, o museu do quai Branly, o museu d’Orsay, a Torre Eiffel, entre outras atrações. É possível se organizar para visitar mais de uma dessas atrações no mesmo dia e aproveitar para desfrutar dos bons cafés e restaurantes que a região oferece.